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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Saúde do Rio já é a pior / Iaserj, ameaçado de fechamento, pode ser terceiro hospital fechado no governo Cabral

O Hospital do Iaserj atende por mês a cerca de 9 mil pacientes (mais de 60% do Sistema Único de Saúde), faz 1.400 exames de imagem (tomografia, raios X e ultrassom), 30 mil exames de laboratório, 60 atendimentos odontológicos, 100 internações, tem 16 leitos de CTI, além de funcionarem em suas instalações o Hospital Estadual de Infectologia São Sebastião, o único do gênero em todo o estado, entrega de bolsas de colostomia, duas farmácias. Os servidores são 40% da clientela do Iaserj e a população em geral 60%.
Mesmo assim, este hospital pode ser desativado e demolido, prejudicando ainda mais a população que vem morrendo nas filas dos hospitais da rede estadual. Se isto ocorrer, será o terceiro hospital fechado pelo governo Sérgio Cabral Filho, quando o que se precisa é de mais unidades. Os outros dois foram o Hospital São Sebastião de Infectologia e o Pedro II. O Iaserj seria demolido para, em seu lugar, ser construído um novo prédio do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A obra contraria decisões dos conselhos estadual e municipal de saúde, que aprovou a descentralização das ações do Inca para atender portadores da doença que moram em locais distantes. Fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), apontou diversas irregularidades no processo de contratação de empresas para as obras, como sobrepreço de mais de R$ 46 milhões.
A luta pela defesa do IASERJ, Instituto de Assistência aos Servidores Públicos, vai continuar nos dias 31 de maio (nesta sexta-feira), quando haverá uma audiência pública na Alerj (sala 316), a partir das 10h e, no dia 4 de junho com uma ocupação da área do Hospital Central do órgão, na Praça da Cruz Vermelha, durante toda a noite. A ocupação tem o objetivo de evitar que o governo estadual coloque tapumes no local para dar início ao processo de demolição da unidade.

Saúde do Rio já é a pior
O sistema público de saúde no Rio de Janeiro foi mal na avaliação feita pelo Ministério da Saúde. Entre as principais cidades do país, a capital teve a pior nota, 4,33, no Índice de Desempenho do Sistema Único do Saúde (IDSUS). O índice foi divulgado em 1º de março pelo Ministério da Saúde, e foi calculado a partir de dados que vão de 2008 a 2010. O levantamento levou em conta todas as unidades públicas.
Já entre os estados, o Rio teve a terceira pior avaliação do país: nota 4,58. Outras cidades do estado também aparecem entre as com mais baixo desempenho: São Gonçalo (4,18), Niterói (4,24), Nova Iguaçu (4,41) e Duque de Caxias (4,57). Todas estão abaixo da média do Brasil, que tirou nota 5,47 no IDSUS. Em todo o país, apenas 347 municípios ou 6,42% conseguiram nota acima de 7, sendo que 345 estão no Sul e Sudeste. Mas juntos eles reúnem apenas 1,9% da população brasileira. Em todo o país, 1150 cidades (20,7% dos municípios brasileiros), onde vivem 51,7 milhões de pessoas (ou 27,1% da população brasileira), obtiveram nota abaixo de 5.
O IDSUS mede o acesso e a qualidade dos serviços da rede pública em todos os municípios, regiões, estados e país. A nota varia de 0 a 10 e é calculada a partir de 24 indicadores, levando em conta desde a atenção básica até os procedimentos de alta complexidade.
(fonte: Sindsprev)


Histórico
A assistência da Prefeitura, em 1932, na época em que o Rio de Janeiro era Distrito Federal, transformou-se em Sociedade Beneficente do Servidor Municipal, num modelo similar ao de uma policlínica.

O Decreto do Prefeito Henrique Dodworth encampou a Sociedade, transformando-a no Departamento de Assistência ao Servidor da Prefeitura, englobando a Médico-Cirúrgica e dando-lhe o nome de Hospital do Servidor e o Cento de Perícias Médicas.
O nome IASEG surgiu em 1960, com a criação do Estado da Guanabara (Instituto de Assistência aos Servidores do Estado da Guanabara). O Decreto Lei nº 99, de 13 de maio de 1975, criou o IASERJ (fusão dos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara), transformando-o em uma AUTARQUIA, vinculada à Secretaria de Administração, com sede na cidade do Rio de Janeiro.
O Decreto nº 11.277, de 06 de maio de 1988, vinculou o IASERJ à Secretaria do Estado de Saúde, mas em 15 de janeiro de 1977, pelo Decreto nº 22922, o Instituto passou a ser vinculado, novamente, à Secretaria do Estado de Administração.
Atualmente o IASERJ está novamente vinculado à Secretaria de Estado de Saúde.


Estrutura
O Decreto nº 11.277, de 06 de maio de 1988, publicado no D.O. de 07/05/1988, alterou a estrutura básica do IASERJ, adaptando-a a sistemática da Lei nº 1.272, de 24/12/87.
Por este Decreto, o IASERJ é uma AUTARQUIA dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa, técnica e financeira, com sede na Capital do Estado.Capital do Estado.
Sua finalidade é proporcionar aos seus beneficiários e respectivos dependentes:


Assistência médica e serviços suplementares de saúde
A assistência médica e os serviços suplementares de saúde serão prestados nas unidades atualmente em funcionamento que são o Hospital Central, o Hospital Eduardo Rabello, o ambulatório do Maracanã e o ambulatório de Niterói.