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terça-feira, 19 de maio de 2020

Huayrãn Ribeiro / Eles estão entre nós - Os Ambulantes -


Do homem que vendia alegria, ilusão e fantasia às moças “casadoiras” de outrora, ninguém mais ouviu falar. O realejo sumiu com o tempo... Porém, dessa poética profissão e deste toque brejeiro ainda resta o vendedor ambulante.
Uma profissão que, pelas esquinas, com barracas ou tabuleiros de madeira e vidro, uniforme branco, colares, sininhos e mil outros jeitos peculiares, ainda faz parte natural da paisagem cotidiana da cidade.
Em pé ou sentado, sorrindo quase sempre, o vendedor ambulante desperta um sentimento de ternura, nestes tempos de massificação. Como a modinha popular, a profissão ambulante surgiu assim dentro do mais tradicional estilo anônimo. Surgiu para ficar no meio do coração da gente. São figuras que animam o preto-e-branco do dia-a-dia, são relíquias e até folclore, são o toque interiorano na cidade grande.
Há os que definem o ambulante como camelô. As donas-de-casa o vêem como um “serviço de utilidade pública”. Parece que somente a sociedade industrial, a era eletrônica, decidirá a sua morte. Por enquanto, porém, na busca da sobrevivência, ele está ai. O ambulante surge a qualquer momento, onde menos se espera. As crianças sentem-se atraídas pelo fascínio que exercem sobre todos.
Homenagem do Campinarte Dicas e Fatos a todos os ambulantes.