Os médicos anotam prescrições de bilhões de tabletes de anfetaminas e barbitúricos a cada ano. A culpa [pela ameaça das drogas] recai redondamente sobre nossos laboratórios farmacêuticos, os vendedores de drogas a atacado e no varejo e os médicos.
Mas, a culpa não é só deles. Os consumidores adultos também são culpados. Deviam compreender que as drogas são venenos, e, assim deviam usá-las apenas quando seus possíveis benefícios fossem maiores que seu dano. Todavia, se os adultos tomam drogas para todo problema ou tensão, ou mesmo por prazer, por que deveriam evitá-las os jovens? Será surpresa que os jovens arrazoem: ‘Se os adultos fumam, ficam bêbados e tomam pílulas, por que não deveria eu me divertir fumando maconha ou tomando "desligadores"?’
O uso parental de drogas é um fator em os filhos se voltarem para as drogas e tem sido documentado por vários estudos. Para exemplificar: um dos principais estudos canadenses chamam o abuso de drogas de "comportamento aprendido". "Os adolescentes modelaram seu uso de drogas de acordo com o uso parental", explicaram os psiquiatras da Fundação de Pesquisas do Vício, de Toronto. Por certo, então, se não quer que seus filhos abusem dos tóxicos, não deve fumar, abusar do álcool nem tomar pílulas sem necessidade.
Mais do que o correto exemplo adulto, porém, se faz necessário. A associação correta fora do lar também é vital. Um estudo feito pelos Amigos da Pesquisa Psiquiátrica verificou que 84 de cada 100 viciados foram iniciados nas drogas por seus "amigos". Quando se lhes oferecem tóxicos, muitos jovens os aceitam por curiosidade. Talvez, de início, achem agradáveis seus efeitos. Mas, daí, tornam-se "fisgados", e logo se encontram em terríveis dificuldades.