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domingo, 1 de outubro de 2017

COMISSÃO PEDE MUDANÇAS NO PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO DE ANIMAIS ABANDONADOS

A Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), um dos principais abrigos do Estado do Rio, tem capacidade para 3.000 animais. Entretanto, atende hoje, 4.500. Apesar da superlotação, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ), através do Canal de Atendimento ao Cidadão (1746), continua a orientar a população a encaminhar animais abandonados para a instituição. Para desafogar a Suipa, a Comissão Especial de Defesa dos Direito dos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pediu, durante uma audiência pública promovida nesta quarta-feira (27/9), que esse protocolo municipal de atendimento seja reformulado.
“Para nós, ficou claro que existe uma falha de comunicação no âmbito da Prefeitura do Rio em relação ao serviço 1746. O cidadão que liga para reportar uma questão relativa à área animal é recomendado a procurar a Suipa, que é uma entidade privada. Por isso, pedimos que os procedimentos sejam revistos”, explicou o deputado Osório (PSDB), presidente da Comissão.Os deputados Ana Paula Rechuan (PMDB) e Jânio Mendes (PDT) também participaram da reunião. Assim como representantes de ONGs de defesa dos direitos dos animais, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Superlotação
Apesar do esforço dos protetores dos animais para garantir o funcionamento da Suipa, a iniciativa tem enfrentados problemas financeiros. O abrigo tem uma demanda mensal média de 150 a 200 novos animais, segundo Marcelo Marques, presidente da instituição. Contudo, está proibido judicialmente de abrir novas vagas, tendo em vista que já abriga um número muito maior de animais do que a capacidade máxima comporta.
“A nossa situação econômica está crítica, não temos condições mais. Não estamos nos negando a ajudar, só pedimos ajuda ao poder público. A compaixão sempre esbarra nos desafios econômicos. Não adianta tentar abraçar o mundo se não temos estrutura para isso”, afirmou Marcelo.
Fazenda Modelo
Uma das principais alternativas para desafogar a Suipa seria a Fazenda Modelo, abrigo público administrado pela PCRJ. Entretanto, o local também sofre com falta de verba e, consequentemente, de rações e remédios, por exemplo. De acordo com Carlos Eduardo de Oliveira, médico veterinário da Subsecretaria de Bem Estar Animal (Subem) do município do Rio, responsável pela direção da instituição, a Fazenda passa por um momento de transição, mas vai garantir a alteração do modelo da Central de Atendimento.
“A Subem está passando por uma reestruturação em que estamos corrigindo o que não tem funcionado. Culturalmente, as pessoas estão acostumadas a encaminhar os animais para a Suipa, mas vamos fazer a correção desse protocolo para que a instituição não permaneça sobrecarregada”, afirmou o veterinário.