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sábado, 9 de março de 2024

Dicas e Fatos sobre o alcoolismo


“O vício é um fantasma que assombra sua vida, despreza suas qualidades, zomba de suas capacidades e, o pior é que você abra as portas para ele, o coloca em sua vida, o alimenta, o deixa em lugar de destaque e de maneira submissa, aceita que ele o mate.” Luiza Gosuen


A dependência de bebida alcoólica tem se tornado um fator preocupante em diversos setores.
O índice alarmante está na área da saúde onde a quantidade de dependentes aumenta a cada dia, principalmente entre jovens e mulheres. Um dos fatores que contribuem para isso é o emocional, onde pessoas insatisfeitas consigo mesma, com problemas familiares e profissionais acham que a solução pode estar num copo de bebida e em companhia de pessoas que passam também por transtornos e carências afetivas e que em nada poderão contribuir para melhorar seu desconforto, ao contrário irão levá-los a caminhos muitas vezes sem volta.
Toda dependência chega disfarçada de alegria, vitalidade e bem-estar e de maneira covarde assedia ,conquista e mata sua presa, aos poucos.

Ouve-se muito as frases: "Eu sei meu limite", "Eu não estou bêbado"
Mas, como reconhecer esse limite?

Uma pesquisa recente do International Center for Alcohol Policies (ICAP), dos Estados Unidos, aponta que o flagelo do alcoolismo começa a ocorrer dentro do núcleo da própria família, com o direto incentivo dos pais, em 46% das famílias (Jornal o Estado de São Paulo do dia 21 de outubro de 2013, Caderno Economia, página B16).

Um pai que ingere bebida todos os dias tem o conceito para si de que essa atitude em nada altera seu comportamento e que seus filhos "entendem" como correto e aprovado essa sua atitude em família. Aí está o perigo, pois realmente este pai pode estar passando esta informação aos seus filhos, que os tem como exemplo do que deve ser seguido, sem contar que em alguns casos, esses filhos observam também a figura da mãe como participante ativa fazendo companhia ao pai e até oferecendo a bebida aos filhos, achando "bonitinho" e se divertindo com as caretas feitas pelas crianças ao contato com o gosto desagradável do que num futuro próximo poderá ser a causa de tragédias e dores irreparáveis.

Em pesquisa da OMS _Organização Mundial de Saúde, quem diariamente não consegue ficar sem beber uma única dose ou um copo de cerveja está na faixa dos "Alcoolistas", e quem, diariamente, bebe mais que dois copos de bebida alcoólica já faz uso nocivo do álcool. Se a pessoa beber três ou quatro doses num dia é considerado "Alcoólatra", estará expondo seu organismo a um nível de toxicidade que mudará seu padrão de sono e aumentará o risco de hipertensão, por exemplo. Um número maior de doses diárias além da dependência ,provavelmente irá ocasionar outros problemas como doença cardiovascular, acidentes pessoais, etc. e precisará de tratamento adequado, caso queira se livrar do vício e a possibilidade de recuperação.

A orientação da OMS é de que o limite para o nível de álcool em pessoas saudáveis não ultrapasse a 30g. O consumo não pode superar o equivalente a três copos de chope ou apenas uma dose de uísque ou vinho, por dia. 
Para quem costuma beber diariamente mais de duas latas de cerveja ou duas doses de destilado, como uísque ou pinga, aqui vai um alerta: o nível de álcool presente nessas quantidades de bebida está acima do recomendado pela OMS, podendo causar danos ao organismo. 
Para o consumo moderado, a quantidade de álcool presente em cada bebida é:
1 lata de cerveja - 17 gramas
1 copo de chope- 10 gramas
1 taça de vinho - 10 gramas
1 dose de destilado - 25 gramas (uísque, pinga, vodca) 

Veja agora os efeitos no cérebro de acordo com a quantidade de álcool por litro,no sangue:
2 latas de cerveja ou 2 taças de vinho ou 1 dose de uísque - Até 0,5g - Leve mudança na percepção e relaxamento.
3 latas de cerveja ou 3 taças de vinho ou 1,5 dose de uísque - 0,6 a 0,9g - Euforia e redução da atenção
5 latas de cerveja ou 5 taças de vinho ou 2,5 doses de uísque- 1,0 a 1,4g - Forte alteração nos reflexos
7 latas de cerveja ou 5 taças de vinho ou 3,5 doses de uísque - Acima de 1,5g- Confusão mental, vertigens, visão dupla.

De acordo com Sociedade Brasileira de Clínica Médica da Regional São Paulo, o consumo moderado de bebida raramente prejudica a saúde do fígado ou do coração. Ao contrário. Baixas doses de álcool estão associadas ao menor índice de infarto, pois dificultam a adesão de placas de gordura nas paredes das artérias. O vinho, em particular, ainda tem os flavonóides, substância que aumenta a concentração do bom colesterol (HDL). 

Porém, se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes, esses benefícios não existem e o álcool terá um efeito totalmente maléfico. Esse paciente nem mesmo pode beber, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Consumo acima de 30 gramas de álcool por dia também causa efeito inverso e pode provocar miocardiopatia alcoólica (dilatação do coração). 

Nenhum médico deve estimular o consumo de bebida alcoólica como método de prevenção de doenças cardiovasculares.
Os especialista alertam seus pacientes que é bastante perigoso misturar álcool com medicamentos, principalmente os calmantes.

Alcoolismo é uma doença crônica onde o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação que a droga produz e quando é retirada por algum tempo sente os efeitos da abstinência. Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.
Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.
Se a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
Uma das características mais importantes do alcoolismo é a negação de sua existência por parte do usuário. Raros são aqueles que reconhecem o uso abusivo de bebidas, passo considerado essencial para livrarem-se da dependência e quando isso não acontece é necessário um processo severo de desintoxicação, com possível internação em clínica especializada.
As recomendações atuais para tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas:
a) Desintoxicação – Em Clínicas Especializadas de internação geralmente programada para alguns dias sob supervisão médica, permite combater os efeitos agudos da retirada do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional, sendo necessário o envolvendo de equipe multidisciplinar que irá auxiliar e fortalecer do tratamento e se necessário, essa programação poderá variar de 8 meses a 1 ano.

b) Reabilitação – Alcoólicos anônimos é uma outra opção recomendada. Depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea.
Para que o tratamento tenha sucesso é fundamental a participação dos familiares e amigos próximos.Essa demonstração de afeto fará grande diferença na recuperação do usuário. 
Para apoio a familiares existe a Al-Anon, que é uma associação dedicada a dar apoio e orientação aos familiares dos dependentes do álcool.

Álcool causa uma a cada 20 mortes no mundo, diz OMS

Atenção! Dar bebida alcoólica a menores de 18 anos é crime!

As dicas para amenizar os problemas do álcool na sua rotina de exercícios

Globo Esporte

Além de desidratar, seu consumo pode diminuir as concentrações de energia nos músculos e causar alterações na regulação térmica do organismo. Seja moderado.

Sem exageros, não há problema em ingerir bebidas alcoólicas - ainda mais em um período em que a performance não é o seu foco. Mas, ainda assim, é preciso cuidado para que elas não atrapalhem seus treinos. Além de desidratar, seu consumo pode diminuir as concentrações de energia nos músculos e causar alterações na regulação térmica do organismo.

Se você não quer abrir mão da sua cervejinha, ou alguma outra bebida, veja algumas dicas para amenizar os problemas do álcool no seu exercício:

• Beba água antes, durante e depois da noitada. Isso ajuda na diluição do álcool no corpo, facilitando a eliminação dos resíduos tóxicos na bebida.

• Alimente-se bem e fuja dos petiscos tradicionais. Uma alimentação equilibrada com boas fontes de carboidratos e proteínas, mantém seus músculos supridos com nutrientes essenciais.

• Evite treinar no primeiro horário do dia seguinte. Prefira descansar algumas horas a mais e reabastecer o seu corpo com uma boa alimentação e água.

• Esqueça os treinos mais duros pós-bebedeira. Faça uma corrida leve, que não exija muito esforço do seu corpo.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


Drogas, Alcoolismo, Tratamento - Site Antidrogas - Não jogue com a vida... - Artigo: As dicas para amenizar os problemas do álcool na sua rotina de exercícios

Beber água não evita ressaca, diz estudo

BBC Brasil

Pesquisadores não encontraram sinais de que ressaca melhora após ingestão de água

Beber água ou assaltar a geladeira após um noite de bebedeira não melhora a ressaca no dia seguinte, de acordo com uma pesquisa holandesa.
O estudo concluiu que não há mágicas: a única maneira de evitar uma ressaca é beber menos álcool.
Mais de 800 estudantes holandeses foram questionados sobre como tentavam aliviar os sintomas da ressaca, mas nem comida nem água tiveram um efeito positivo.
Os resultados estão sendo apresentados em uma conferência em Amsterdã.
Uma equipe de pesquisadores internacionais analisou hábitos de consumo de alunos da Holanda e do Canadá para descobrir se a ressaca pode ser amenizada ou se algumas pessoas estavam imunes a ela.
Entre 826 estudantes, 54% comiam após beber, incluindo alimentos gordurosos e cafés da manhã pesados, na esperança de evitar a ressaca.
Com o mesmo objetivo, mais de dois terços beberam água enquanto consumiam álcool e mais da metade bebeu água antes de ir para a cama.
Embora esses grupos tenham mostrado uma ligeira melhora em como se sentiam em comparação com aqueles que não tinham bebido água, não houve diferença real na gravidade de suas ressacas.

Pessoas que alegaram não ter ressaca eram as que bebiam menos
Pesquisas anteriores apontam que cerca de 25% das pessoas que bebem dizem não ter ressacas.
Então os pesquisadores questionaram 789 estudantes canadenses sobre seu consumo de álcool no mês anterior e as ressacas que tiveram. Descobriram que aqueles que não tinham ressaca simplesmente consumiam "muito pouco álcool para desenvolver ressaca".
Dos alunos que bebiam consideravelmente, com uma concentração de álcool no sangue estimada em mais de 0,2%, quase ninguém era imune à ressaca.
De acordo com o autor principal do estudo, Joris Verster, da Universidade de Utrecht, a relação era bastante simples.
"Quanto mais você bebe, mais provável é que tenha uma ressaca", diz.
"Beber água pode ajudar contra a sede e boca seca, mas não vai acabar com o mal-estar, a dor de cabeça e as náuseas."

´Sem cura`

Verster disse que parte do problema era que os cientistas ainda não sabem o que causa a ressaca.
"A pesquisa concluiu que não é simplesmente a desidratação. Nós sabemos que o sistema imunológico está envolvido, mas antes de descobrirmos o que ele faz será muito pouco provável encontrarmos uma cura eficaz."
Ele disse que o próximo passo é fazer testes mais controlados sobre ressacas.
Michael Bloomfield, da University College, em Londres, disse que os custos econômicos do abuso de álcool chegam a bilhões de euros por ano.
"Por isso é muito importante responder perguntas simples como ´Como evitar uma ressaca?`São necessários mais estudos, mas esta nova pesquisa nos diz que a resposta é simples: beber menos."
O documento foi apresentado na conferência da Faculdade Europeia de Neuropsicofarmacologia.

Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas


Gestantes não devem beber uma só gota de álcool -- e em qualquer fase da gravidez

Veja
Em nova recomendação, a Academia Americana de Pediatria afirmou que as mulheres grávidas não devem consumir nada de álcool para evitar problemas no feto


Não há quantidade de álcool segura a ser consumida durante a gravidez. Essa é a nova recomendação da Academia Americana de Pediatria, baseada em estudo publicado no periódico científico Pediatrics.
A ingestão de bebidas alcoólicas na gestação tem sido associada a problemas neurocognitivos e comportamentais na criança, assim como a diversas deformidades faciais. O grupo de sintomas é conhecido como ´espectro de desordens fetais alcoólicas` (FASD, na sigla em inglês).
Ainda de acordo com o estudo, todas as formas de álcool representam risco ao feto. Isso porque o álcool ingerido pela gestante ultrapassa a barreira da placenta e se acumula no líquido amniótico.
De acordo com a pediatra Conceição Segre, coordenadora da obra "Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-Nascido", o álcool consumido pela gestante também atinge o feto por meio do sangue do cordão umbilical, prejudicando a transferência de nutrientes e oxigênio. Cerca de uma hora depois de a gestante ingerir a bebida, o nível de álcool no sangue do feto se iguala ao medido no organismo da mãe. Mas, como o bebê tem massa corporal menor e o fígado imaturo para metabolizar a substância, calcula-se que o efeito tóxico para ele seja até oito vezes maior. As consequências dessa intoxicação permanecem a vida inteira, com intensidade variável, explicou Conceição.
Mas de acordo com os autores do trabalho, o grande problema na medicina é não haver ainda consenso em relação ao assunto. As recomendações entre os médicos variam muito de acordo com a cultura do país de origem. Além disso, alguns estudos afirmam que beber moderadamente e esporadicamente durante a gravidez não causa problemas no feto e não causa atrasos no desenvolvimento da criança.
"Os trabalhos que analisaram os riscos do consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação e afirmaram que há não grandes problemas na ingestão de doses baixas podem ter utilizado métodos insuficientemente sensíveis para detectar as afecções. É ingenuidade afirmar que é seguro tomar bebidas alcoólicas na gravidez.", disse Janet Williams, principal autora do trabalho que embasou a decisão da Academia Americana de Pediatria.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


Ficar um mês de 'férias' do álcool faz bem para a saúde, diz estudo

Um estudo que deve ser apresentado este mês na reunião anual da Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado descobriu que parar de ingerir bebidas alcoólicas durante quatro semanas é capaz de trazer benefícios mensuráveis para a saúde pessoal.

A pesquisa verificou o impacto da abstinência de álcool temporária em 102 pessoas. O jornal "The Guardian" conta que as conclusões identificaram uma redução da fibrose do fígado, situação que pode levar à cirrose.

Segundo o G1, os pesquisadores acreditam que as "férias" do álcool podem ajudar o fígado a se recuperar, pelo menos parcialmente, dos danos provocado pelas bebidas.

publicação refere que este não é o primeiro estudo a avaliar o impacto de um período de abstinência alcoólica na saúde de pessoas que costumam beber socialmente. Em 2013, um projeto da equipe da revista "New Scientist" em parceria com pesquisadores do Instituto do Fígado e da Saúde Digestiva na Escola de Medicina da University College London (UCLMS) estudou os efeitos da abstinência em 10 membros da equipe da revista, em comparação a 4 membros que continuaram bebendo socialmente.

As pessoas passaram por testes antes e depois da experiência e os resultados apontam que, em média, a parcela de gordura no fígado caiu 15% nos que evitaram o álcool durante o período. Além disso, diminuiu o nível de glicose no sangue, em média 16% entre os abstinentes. Os participantes que deram férias para o fígado também relataram ter um sono de melhor qualidade, além de maior nível de concentração depois da experiência.

Conta a publicação que no Reino Unido, algumas campanhas sugerem a abstinência alcoólica temporária. A "Dry January", por exemplo, estimula que as pessoas não bebam durante os 31 dias de janeiro, além de arrecadar recursos para a organização Alcohol Concern. Já a "Go Sober for October", organizada pela instituição Macmillan Cancer Support, propõe a abstinência no mês de outubro e a arrecadação de fundos para o combate do câncer.