Antigamente era uma expectativa danada pelo Dia de São João, pela Festa do Dia de São João.
Uma das primeiras providências era ensaiar a quadrilha para que se apresentasse bem, no dia da festa. Depois dividia-se as tarefas para a montagem do arraiá: pegar bambu, comprar papel fino, rolo de barbante, cartolina, tudo o que fosse necessário para fazer as bandeirinhas, lanternas, balões e as madeiras para montar a fogueira.
As vizinhas se empenhavam em fazer canjica, pamonha, cocadas (brancas e pretas), bolo de fubá, cus-cus, paçoca, pipoca... Os homens mais velhos eram encarregados da preparação do quentão e já iam avisando: só para os adultos!!!
A criançada ficava alvoroçada num corre pra lá, corre pra cá, dando palpites lembrando quem tinha o quê que podia ajudar pra festa: Seu Pedro tem uma escada grande, o Seu Luiz (eletricista) ficará responsável pelas instalações necessárias, Seu Antônio é muito bom pintor, Seu Anacleto excelente desenhista, Seu Haroldo tem cerrote, martelo, pregos... E vamos montando o arraiá porque o tempo não pára.
No arraiá não podia faltar a igreja, a cadeia, o local para as barracas, o espaço para apresentação da quadrilha e tudo isso enfeitado com muitas bandeirinhas, lanternas e muitas músicas típicas das Festas do Dia de São João tocadas por músicos da região.
Entre as brincadeiras destacavam-se a pescaria, leitura da sorte, rifas e leilões.
Eu só sei dizer que depois de muito trabalho feito em tempo record o arraiá ficava pronto e as pessoas iam chegando, gente de tudo que era lado, a música tocando, o povo dançando, bebendo e comendo, a fogueira queimando e assando batata-doce, o céu cheio de balões, muitos fogos, muita alegria, muita festa, muita satisfação...
Viva São João!!! Viva São João!!! Viva São João!!!