Nada daria mais orgulho ao carnavalesco Fábio Ricardo, da Acadêmicos do Grande Rio, do que ter o rei desfilando na tricolor de Duque de Caxias, neste carnaval. O trono está pronto para receber não o Rei Momo, mas sim o eterno Rei do Futebol Pelé. No enredo que homenageia a cidade de Santos, no litoral paulista, o Atleta do Século é considerado a estrela do desfile, que também pode ter o jogador Neymar, do Barcelona, como destaque. A presença física dos craques, entretanto, é considerada difícil.
“Tive uma entrevista com ele, quando fazia pesquisas para o enredo e fiquei encantado. Seria uma honra enorme tê-lo no desfile. Pelé sofreu uma cirurgia recentemente e ainda está se recuperando. Se tiver condições, terá um trono para reinar no carro que liga Santos ao Rio através do futebol e do samba”, explica Fábio Ricardo. Se Pelé não vier, um sósia fará o papel do Rei.
O carnavalesco ainda não sabe se vai contar com Neymar, já que pelo campeonato espanhol o Barcelona tem um jogo marcado para o dia 7 de fevereiro. O jogador teria que conseguir dispensa da partida para poder desfilar.
Mas Neymar é o que não vai faltar no desfile da Grande Rio. Pelo menos 280 ritmistas vão desfilar com fantasias que remetem ao futebol e com perucas que destacam os cortes de cabelos inusitados do craque.
O futebol também é destaque no quarto carro, onde o símbolo do Santos Futebol Clube – que revelou os craques Pelé, Neymar e Robinho – a baleia, vem mergulhando num gramado e trazendo em na boca o promoter David Brazil, caracterizado como o folclórico árbitro José Emiliano dos Santos, que por seu comportamento irreverente era conhecido com juiz Margarida. Nesse mesmo carro o grupo Dança de Rua, de hip hop vem fazendo uma performance.
“Santos não é só futebol. A história de fundação da cidade é cheia de lendas e uma delas diz que quem bebia das águas da Fonte do Itororó se apaixonava pelo lugar e por lá ficava. Essa lenda casou perfeitamente com as estórias que meu pai, que trabalhava em Santos, me contava quando criança. Daí surgiu a ideia de fazer um enredo sobre Santos, com suas lendas, as plantações de café, o comércio do maior porto da América Latina e celeiro de craques”, conta Fábio Ricardo.