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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Fizeram um Carnaval sem Carnaval, sem atrações carnavalescas e mesmo assim acham que foram felizes

O Carnaval foi transformado de tal maneira que não dá pra chamar de Carnaval. Impossível chamar isso que é apresentado de Carnaval. Totalmente descaracterizado, sem fantasias, sem serpentinas, sem confetes, sem pierrot e colombina.
Não dá para admitir um carnaval sem o tradicional de sua festa. Não sou contra o avanço dos tempos, a modernidade, mas tudo isso também deveria ser colocado à disposição das tradições do Carnaval.
Outra coisa que nunca mais ninguém tocou no assunto: os bailes infantis, as matinês, eu pergunto: por que acabaram com os bailes infantis, por quê?
Engraçado, você pergunta e ninguém responde, ninguém tem uma resposta séria pra isso.
Mais uma coisa: cadê os coretos? Cadê as bandas tocando as famosas marchinhas e sambas que marcaram época? Você não vê e nem ouve mais nada disso pelos bairros, um absurdo!
Aqueles blocos de sujo que você encontrava em quase todos os bairros da cidade do Rio de Janeiro, o bloco das piranhas, concurso de fantasias no Carnaval dos bairros, fantasias criativas, cadê? Ninguém viu nada disso, nunca mais.
Se apossaram do Carnaval e o direcionaram para um caminho que, infelizmente, não tem volta. Vejam: fazer um Carnaval sem Carnaval, um Carnaval sem as tradições do Carnaval, sem as marchinhas e sambas de Carnaval, sem fantasias, sem coretos, sem blocos de sujo, sem confetes, sem serpentinas, não dá!
A imprensa não toca músicas de Carnaval, não promove concurso de músicas de Carnaval e não dá nenhum destaque ao verdadeiro Carnaval, simples assim.
A população tendo como referência isso que é apresentado como Carnaval, com certeza, dará continuidade a outro tipo de manifestação que não poderá nunca ser chamada de verdadeiro Carnaval.
Até o desfile das grandes Escolas de Samba não atrai mais a atenção do público nem no Sambódromo e nem pela TV.
Mataram o verdadeiro Carnaval e bota tempo nisso. Hoje o que nós estamos assistindo não tem nada a ver com o verdadeiro Carnaval. E o que é pior, repito, não tem volta!