Vejo que a cada dia que se passa a nossa sociedade vai se adaptando a tudo e a todos que caminham à margem da lei....
Além do consumo de pirataria, a população não se incomoda de usar outros serviços prestados por traficantes ou milicianos....
Para uma boa parte da população, não importa se é pirata ou se quem está fornecendo determinado serviço ou produto não seja legalizado, como também não se importa em exigir garantia ou simplesmente uma nota fiscal... O importante é que o tal produto ou serviço atenda as suas necessidades por um preço baixo...
Quero dizer que para trabalhar a margem da lei você não precisa exatamente ser um miliciano ou traficante, basta ser um comerciante qualquer... Pelos bairros você encontra comerciantes que também vendem produtos piratas, não emitem nota fiscal, não comprovam a procedência de suas mercadorias, não assinam as carteiras de seus funcionários, não depositam seus fundos de garantia, férias e outras coisas mais... E tudo isso acontece pelo país afora como se fosse tudo perfeitamente normal... Claro que temos que incluir nesses à margem da lei aqueles que deveria fiscalizar para que as leis fossem cumpridas, mas esses fiscais são corruptos e acabam contribuindo negativamente para o desenvolvimento do município, do estado e do país.
Um dos maiores entraves para o engrandecimento de uma nação é o seu alto nível de corrupção, que vai do menor município até a grande capital do país... Os impostos não são pagos devidamente por culpa da própria fiscalização responsável que vive muito bem, recebendo suas propinas de norte a sul... Uma vergonha!
Se o país tivesse uma fiscalização (em todos os sentidos) no mínimo regular, a vida da população seria bem diferente, pra melhor é claro. Se todo aquele que tem a responsabilidade de fiscalizar o fizesse de maneira regular, tudo seria bem mais fácil para todos, mas não é isso o que acontece. E vejam: eu disse de maneira regular...
Toquei no assunto para uma reflexão, pense nisso, mais cedo ou mais tarde voltarei a falar sobre esse mesmo tema...
