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quinta-feira, 2 de julho de 2020

O eleitor vota em branco, anula ou se abstém

O eleitor não confia no candidato que não tenha conhecimento da Lei Orgânica Municipal, não confia no seu discurso. O eleitor não confia naquele candidato a vereador que durante a campanha faz promessas como se fosse candidato a Deus.
O eleitor não confia no candidato que promete construir creches, escolas, pontes, viadutos, hospitais, resolver o problema do saneamento básico, pois sabe muito bem que no máximo aquele candidato, se eleito, poderá fazer apenas e tão somente indicações mostrando a necessidade de uma obra numa determinada área do município, agora, se a obra vai sair mesmo vai depender do executivo e da secretaria de obras.
O eleitor não confia naquele candidato que não tenha dinheiro, que não tenha um trabalho relevante pelas comunidades, que não tenha credibilidade e que não seja conhecido.
Aliás, o eleitor, na verdade não confia em candidato nenhum porque sabe muito bem que aquele candidato, se eleito, será mais um joguete nas mãos do prefeito. Esse candidato, se eleito, vai faturar cumprindo fielmente as ordens do executivo, porque é o executivo quem manda nos vereadores, o presidente da Câmara é aliado do prefeito e por isso terá todas as vantagens durante o mandato e acaba arrastando a maioria da Câmara com ele ficando uns cinco ou seis na oposição, o que não representa absolutamente nada. Pelo menos é assim em Duque de Caxias, onde dizem que os vereadores ganham muito bem para apoiar os projetos do prefeito esquecendo, abandonando suas comunidades, servindo de capacho de um que vive arrumando e desarrumando o município a seu bel prazer.
Hoje o eleitor tem conhecimento de tudo isso e não vota, não admite, não tolera e vota em branco, anula ou se abstém.
O eleitor não acredita naquele candidato que não apresenta sequer um esboço de projeto de lei de arte e cultura com a criação de bibliotecas comunitárias, teatros, cinemas e cursos básicos para que a população possa desenvolver suas vocações.
E o eleitor não acredita naquele candidato que ignora ou que tenha aversão a educação, arte, cultura, turismo, lazer, o eleitor não vota em candidatos dessa natureza.
E o eleitor não acredita naquele candidato que ignora que a comunidade está ilhada de traficantes, ruas com barricadas, tiroteios, sem o direito de ir e vir, sendo expulsos de suas próprias casas, tendo que pagar a milicianos para poder manter o seu comércio em funcionamento e sendo obrigado a consumir outros serviços que são administrados clandestinamente por traficantes ou milicianos, tudo começa pelas comunidades, mas esses candidatos não tocam nesse tema, simplesmente se calam.
Hoje o eleitor tem conhecimento de tudo isso e não vota, não admite, não tolera e vota em branco, anula ou se abstém.