Não
vejo pelas comunidades ninguém (pelo menos por enquanto), com capacidade
comunitária, autoridade comunitária para arrebatar o eleitor e tentar (no
mínimo) sacudir a população para as reais prioridades da sociedade.
O
envolvimento dos novos na política não surpreende porque os seus professores,
os políticos mais velhos, não estão interessados em mudar nada e não vão
permitir que alguém faça principalmente algum político novo.
O
político novo que tem como professor um político velho, naturalmente também não
está interessado em mudar nada a não ser a sua própria vida a custa do voto
daquele que tem (ainda) esperanças em dias melhores e ainda acredita nessa tal
de democracia, ainda acredita em eleições.
A
coisa (como sempre) será facilitada para quem concorre a reeleição, pra quem já
é vereador.
Para
quem não tem um trabalho relevante no município, para aqueles que não têm
dinheiro para aplicar na campanha, a coisa vai ficar pra lá de difícil.
Na
verdade, difícil mesmo é saber quem é que está entrando realmente para ser
eleito, pois a maioria desses novos candidatos não passa de cabos eleitorais e
procuram no final da festa uma boquinha como assessor de algum vereador ou até
mesmo uma colocação em qualquer secretaria como CC isso, CC aquilo, em outras
palavras, não vão trabalhar, não vão produzir, mas receberão mensalmente uma
merreca. No fundo é isso que eles esperam em cada eleição.
Resumo:
ficaremos mais uma vez nas mãos dos de sempre.